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terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Para a vida toda




Paramos junto ao mar, o sol estava a pôr-se e deixava-nos apreciar os seus tons laranja. Segurei-te na mão e fixei o meu olhar em ti. Os teus olhos cor de canela cruzaram-se com os meus e passado uns segundos sorriste envergonhada. – Ai o que foi? Tenho a cara suja? Não! – Respondi-te eu. – É no cabelo? Está sujo? Não, princesa! Então? Porquê que estás a olhar assim para mim? Olhei por um momento para o mar e depois voltei a olhar para ti. Os teus olhos, o teu rosto moreno, os teus lábios, o teu cabelo… Tudo era perfeito. Por fim, respondi-te: Olho assim para ti porque todos os dias me apaixono por ti. Apaixono-me, pelo teu cabelo longo escuro de cetim, tão macio e brilhante. Apaixono-me, por essas pestanas que tentas arrebitar com rimel, mas para mim são perfeitas de qualquer forma. Apaixono-me, por esse teu narizinho arrebitado. (Ela sorriu). Apaixono-me por esses teus lábios lindos e carnudos que só mos apetece beijar. Apaixono-me, por essa tua pele morena, lisa, macia e cheirosa que só me dá vontade de acariciar. E essas tuas covinhas que fazes quando sorris? – Sim essas mesmo! Apaixono-me cada dia que passa por tudo o que está dentro de ti. És a miúda mais inteligente que conheci. Pela tua bondade, simplicidade e manteres-te sempre fiel àquilo que és, aos teus valores, àquilo que aprendeste. Apaixono-me, por dares sempre a mão ao teu amigo que de ti precisa, mesmo quando dias antes, a cara de ti desviava. Apaixono-me por te a mim dedicares. Apaixono-me, por quando me ferem, ferida te sentes. Obrigado por cuidares de mim e me teres transformado no homem mais feliz a caminhar à face da terra! Amo—te. Hoje e sempre! Amo-te em todas as línguas, em todas as culturas e em todos os lugares. As covinhas não saíram do teu rosto, mas a elas juntaram-se algumas lágrimas. Abraças-te a mim e eu e tu, sabemos que é para a vida toda.